Através de entrevistas, leituras, observação de atividades e verificação de registros,
a certificadora busca evidências de conformidade com a Certificação de Sistema de Segurança de Alimentos (FSSC) e contribuições para melhorar o sistema. "Não existem surpresas no nosso processo de auditoria. Nós vamos conversar o tempo todo e passar as informações no momento em que forem observadas situações de não conformidade", explicam as auditoras Silvana Borges Mendonça e Luzia Oliveira, da SGS.
Logo quando identificada uma não conformidade com a norma, será declarada a
classificação dela. "Às vezes precisamos ver mais documentos e entender melhor a situação para contemplar uma não conformidade", esclarece Silvana. No processo de certificação da FSSC 22000 (Food Safety System Certification)) podem acontecer três classificações de não conformidade:
Não conformidade menor: um lapso, identificado, em relação à norma e procedimento do sistema de gestão, o qual não impacta na segurança do produto. A constatação não afeta a capacidade do sistema de gestão em alcançar os resultados pretendidos, ou seja, casos nos quais os requisitos são cumpridos, mas há falha pontual em alguma situação.
Não conformidade maior: ausência total ou não atendimento de algum procedimento ou requisito da norma. A constatação da não conformidade maior afeta o sistema e a capacidade da organização de atingir os resultados pretendidos. Ocorre quando "a gente enxerga que existe ali uma eminência de contaminação ou insegurança do produto", explica Silvana.
Não conformidade crítica: caso ocorra, a auditoria é interrompida e o certificado não é emitido, por conta do impacto crítico na segurança de alimentos, sem ação apropriada da organização, ou ainda, uma situação que compromete a legalidade e integridade da certificação. Por exemplo: "tem um produto ou situação que caracteriza fraude de uma matéria-prima e não foi tomada uma ação. São situações bem extremas", clarifica Suzana. Nesse caso, o certificado é suspenso e a empresa tem seis meses para resolver e fornecer evidências objetivas para a investigação das causas e riscos expostos sobre os produtos e para providenciar as ações em um prazo de 14 dias.
"Não são todas as usinas quem têm uma certificação de segurança de alimentos, no nosso caso, do açúcar cristal. Isso faz com que a empresa tenha um ganho de mercado e garante o fornecimento de um alimento seguro para o consumidor. Nós estamos em recertificação, estamos já no terceiro ciclo. Fomos auditados seis anos e esse é o sétimo ano de certificação", avalia Fábio Luiz Gonçalves, Gestor de Garantia de Qualidade da Nardini. A auditoria acontece nos dias 25, 26 e 27 de agosto.